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segunda-feira, 20 de abril de 2009


Os homens sem rosto cantarolam numa alegre ebriedade, rodopiando sem pálpebras sobre o campo minado, deliciados com as explosões espasmódicas, encantados com as libações episódicas, encalacrados com deliberações prosódicas. Os homens sem rosto bebem o vinho da alvorada, pediam a noite com suas pupilas, vociferam o vómito descartado pela hiância vaporosa. Os homens sem rosto são cânticos desbocados, escrínios de prata cravejados com lágrimas de esperma seco, delirantes bacantes fálicas que já se esqueceram um dia. Os homens sem rosto fumam pelos meus lábios secos e se perdem nas nuvens de fumaça que se exaltam de meus cabelos ressecados. Os homens sem rosto emagrecem com as fartas refeições que encontram sobre a mesa posta de banquetes abandonados e engordam com o jejum recalcitrante das disciplinas quebradas. Os homens sem rosto são dementes que esfregam a sanidade por seus corpos, doentes que espremem .
texto wanderson Aàker
em meu novo processo no qual trabalho como interpretes
Bruna
iara
Bruno

1 comentários:

Anônimo disse...

adoro o trabalho de vocês.!